As razões da luta de Libertação Nacional
Várias razões estiveram na origem dos movimentos de emancipação política das colónias europeias:
A aspiração dos povos no sentido de escolherem a sua própria forma de governo (princípio consagrado na Carta das Nações Unidas;
A fraqueza demonstrada pelos Aliados (entre os quais se contavam muitas das potências coloniais) na Ásia face ao Japão e na Europa face à Alemanha;
A mobilização das tropas indígenas durante a Segunda Guerra Mundial, o que lhes deu consciência da sua força e importância;
O alargamento da influência dos EUA e da URSS a novas áreas do globo;
O estado de subdesenvolvimento das colónias, resultante da colonização (exploração das matérias-primas e de produtos alimentares, em detrimento das populações indígenas).
Contudo, a descolonização foi muito estimulada pela Conferência de Bandung (realizada em 1955), a qual reuniu delegações de 29 países afro-asiáticos. Esta conferência constituiu um importante marco histórico, por muitas e várias razões. Impulsionou a descolonização de África, assinalou o <<nascimento>> político do Terceiro Mundo e testemunhou a vontade política dos Estados em adoptarem uma posição de neutralidade face aos blocos constituídos pelas superpotências.
O processo de descolonização, desde esse tempo, seguiu duas vias distintas:
Negociação pacífica – atravésdo diálogo com os líderes nacionalistas, as metrópoles concederam a independência às colónias, como nos casos da Índia (Inglaterra), da Tunísia e Marrocos (França), etc;
Guerra de independência - deu-se quando as metrópoles se opuseram aos movimentos de libertação, como nos casos da Indonésia (Holanda), da Indochina e da Argélia (França) ou de Moçambique e Angola (Portugal).